segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A Linha da Convicção e a Linha da Sensibilidade

Nesta semana sugiro uma reflexão ampla a respeito de nossa inteligência emocional, através da análise do que chamo neste texto de linha da convicção e linha da sensibilidade, existem pessoas que apresentam um nítido desequilíbrio entre estas duas linhas no cotidiano, são aquelas pessoas movidas pela emoção, como exemplo: podemos citar aqueles chefes que antes de consultá-los perguntamos a primeiro à secretaria qual seu estado de humor, ou seja, pessoas dominadas pela emoção, pois uns dias estão eufóricas e em outros estão deprimidas. A linha da convicção nos ajuda a não agir dominados pela “euforia” e nem pela “raiva”, esta linha nos da o equilíbrio necessário para tomar as decisões e fazer as escolhas do dia a dia, seja na empresa, seja em nossa vida cotidiana.

“Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos: - Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas? - Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles. - Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? Questionou novamente o pensador. Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar: Então, não é possível falar-lhe em voz baixa? Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu: - Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecida? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham e basta. Seus corações se entendem, é isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Por fim, o pensador conclui, dizendo: - Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta. Quem grita não ouve a si mesmo.” (Gandhi)

Esta citação esclarece à grande e fundamental importância do equilíbrio emocional e da necessidade de ouvirmos o outro e a si mesmos, pois como diz Gandhi, quem grita não ouve a si mesmo, gritar é uma fuga, toda vez que fugimos de nossas decisões apenas adiamos os problemas, aliás, na verdade agindo desta maneira nós transformamos os desafios do cotidiano em problemas.

O ser humano comete seus maiores desequilíbrios nos extremos, ou seja, no topo ou no fundo do poço, aquele que esta no topo, muitas vezes utiliza o poder e não a autoridade, desta maneira mostra verdadeiramente quem é, por outro lado quando estamos no fundo do poço podemos ter reações provocadas por esta falta de equilíbrio e de entendimento que desafio não é problema, a qual pode nos levar a decisões erradas e impensadas, como mecanismos de defesa.

Pense nisso. Tenha uma ótima semana. Sucesso!

Prof. Engº Msc. José Fernando Fonseca.

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